segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Nostalgia Que Te Quero


Vez ou outra paro no tempo e flagro os meus pensamentos indo longe...muito longe. Lembranças do meu tempo de criança de quando eu brincava de queimada, bete, pique-esconde, banco imobiliário e de boneca.

Saudades de quando minha mãe nos levava a pé para a escola e no caminho um pit stop para um caldo de cana. Na volta, a pipoca do seu Antônio era quase garantida. Saudades de quando o meu pai chegava do trabalho e nos procurava debaixo da cama, atrás da porta, dentro do armário. Saudades das férias na fazenda dos meus avós maternos quando buscávamos o gado no pasto e à noite reuníamos no alpendre para escutar as histórias inusitadas do meu estimado avô. Saudades dos finais de semana que eu e meus “queriduchos” irmãos passávamos na casa dos meus avós paternos onde tudo era permitido, onde tínhamos o melhor café-da-manhã da paróquia. Com direito a ovos mexidos, pão com presunto e queijo, e acreditem se quiser COCA-COLA.

Saudades das férias com meus pais no litoral. Saudades de quando reuníamos a família inteira (primos, tios, avós...) para um churrasco, um aniversário, umas férias. Hoje todos cresceram, a ingenuidade ficou quase imperceptível, os encontros ficaram mais escassos, os assuntos diminuíram, e todos (primos, tios e avós) estão cada vez mais distantes. Não sei, mas quero crer que seja natural.

Não me atenho apenas às lembranças interpessoais. Gosto que minha mente me faça recordar dos Trapalhões, da Turma do Balão Mágico, do pirulito Zorro, das balinhas soft, do clássico conga, da Pakalolo, das sandálias Kenner, das mochilas Company, do antigo e bom Sítio do Pica-Pau-Amarelo, do eterno Chaves, do TV Pirata, do parque Nicolândia, do parque Ana Lídia, da confeitaria Vovovita (me lembro com perfeição do cheiro doce que tomava conta do ambiente), do Atari, do Mega Drive, das propagandas com jingles do Guaraná Antártica, Parmalat e Cremogema.

Muita gente define a nostalgia como uma tristeza profunda causada por saudades. Tristeza por concretizar que certas etapas da vida estão encerradas, e que nada pode trazê-las de volta. Eu discordo totalmente. Para mim, é uma alegria lembrar de momentos tão intensos, tão marcantes, tão engraçados, tão lúdicos e que foram muito importantes para o meu crescimento pessoal.

Ser nostálgica me faz um bem ENORME!