sexta-feira, 19 de março de 2010

Foi Por Amor


Gente!!!!!!!!!! Esta tenho que contar. Tenho visto e me recordado com certa freqüência dos playmobils, aqueles pequeninos bonecos com partes móveis e uma série de objetos que se integram compondo cenários, sempre dentro de uma temática específica: polícia, naves espacias, fazendinha, Velho Oeste, barcos.

Eu adorava, mas quem gostava mesmo eram os meus queriduchos irmãos. Ficavam horas a fio na sala de televisão dando asas à imaginação. Ali, eles permitiam que minha mãe fizesse outras tarefas sem se preocupar com os filhotes. Porque criança não é mole! Qualquer descuido e...ops!

Enquanto eles se divertiam com os playmobils, eu brincava de boneca na casa da vizinha. Até aí tudo ok! Nada demais! Mas a minha amiga tinha um irmão que era alucinado pelos bonecos miniaturas e tinha mais ou menos umas quatro dúzias dessas pecinhas. Sem exagero.

Então era assim: de um lado brincávamos de boneca e de outro, o menino com aquele montão de bonecos e seus acessórios espalhados pelo chão do quarto. Foi quando me deu um estalo. Puxa...se eu pegar unzinho, ele nem vai dar falta. E meus irmãos vão ficar mega felizes. Nesse dia eu só pensei não coloquei meus planos mirabolantes em prática.

No dia seguinte, estrategicamente – sim, porque crianças pensam – fui para casa da minha amiga de short com bolsos na lateral. Advinha?? É isso aí quem desconfiou que eu, no alto dos meus 6 aninhos, cometeria... um pecadinho. Cheguei desconfiada como quem não quisesse nada e, de repente, aquela mãozinha boba começou a “pinçar” os bonequinhos de apenas três polegadas. Inicialmente havia pensado em apenas um, mas eles eram tão miudinhos que ninguém perceberia se pegasse dois, ou talvez três, ou quem sabe quatro. Por fim os meus bolsos ficaram abarrotados. Chegava em casa e escondida da minha mãe tchanããã...fazia a surpresa e a alegria dos meus irmãos. Eu falava: “ Advinha o que a lulu trouxe para vocês?? Aí eu ia tirando um por um do bolso. Parecia uma mágica. Os olhinhos deles brilhavam. Foi assim, durante dois dias. Eu me sentido a supra sumo!

Mas a felicidade durou pouco (ainda bem, né?) minha mãe descobriu que a coleção dos meus irmãos estava aumentando e quis, lógico, saber quem os estavam presenteando. Eles nem pestanejaram. Responderam inocentes, enfática e alegremente “Nossa irmã”. Vixi...o tempo fechou. Minha mãe me deu uma longa lição e me fez voltar na casa da minha amiga e devolver UM por UM. E olha...foram muitos. Que vergonha!!

Graças a minha mãe e ao meu pai aprendi desde pequenininha que o crime não compensa, definitivamente.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Desejo de ser...


O desejo de ser mãe está cada vez mais latente. E quando pensamos estar preparadas para gerar e amar incondicionalmente um ser tudo muda, tudo se transforma. Nossas sensações, percepções, atenções estão cada vez mais voltadas para os pequenos. Ok, eles sempre existiram. Mas o que estou tentando dizer é que ao optarmos pela maternidade, os fofuchos e o assunto gravidez se multiplicam a nossa volta.

A todo instante me chegam com as notícias: J. está grávida de quatro semanas, B. está super feliz com a filha; A. está cansada, mas grata e adaptada à nova condição de vida; F. está esperando seu(ua) segundo (a) filho (a). E isso tudo me enche de alegria, de graça e de vontade. Amo!

Tudo conspira. Quando vou para o trabalho vejo uma infinidade de crianças tomando o sol matinal. Me pego sorrindo do tico de gente indo para a escola com uma mochila que o faz parecer uma tartaruga. E essas criaturas andando de velocípede. Tem coisa mais fofa? E quando resolvem perguntar o porquê de tudo. No restaurante, na mesa ao lado, observo cautelosamente – para não parecer intrusa, quando na verdade é o que estou sendo – o diálogo entre pais e filhos. Quando eu e meu marido decidimos ir a pé ao supermercado passamos próximo a um parquinho de entrequadra que nos enche os olhos com crianças zanzando de um lado para outro.   Bem, é só olhar para os lados que vejo os seres mais fofos da existência.

Por mais que a gente se sinta pequena demais para assumir a responsabilidade de ser mãe, uma força maior diz que sim, que pode vir que a gente agüenta, que a gente enfrenta.

Se me perguntarem se estou preparada para a maternidade, respondo que não completamente mas com muita vontade de acertar. Creio que ninguém está preparado. Que não se cria filhos com uma receita ao lado. Assim como muitas vezes não estamos devidamente prontos para casamento, mudança de emprego, de casa, de cidade, de planos. E quando resolvemos assumir, o resultado é surpreendentemente feliz. Assim penso...

Dia desses estava fuçando num blog e achei bonitinho a forma como a autora se auto definiu: “Potencial Gestante”. É isso, quando desejamos aumentar a família somos potenciais gestantes enlouquecidas (quase insanas) para sermos apenas e simplesmente GESTANTES.

Obs: o baby da foto é um dos mais fofos que já vi. É filho do amigo do meu irmão Rafa que sabendo da minha babação por crianças sempre que pode me envia imagens para o meu deleite.