Certa vez li um texto que me fez refletir além da conta. Li, reli, arquivei (infelizmente o perdi), mas o importante mesmo é que ele está arquivado na minha memória. O autor falava sobre a falta de paciência em lidar com a mesquinhez humana. Me identifiquei total. Não que eu seja perfeita, ao contrário sou cheia de defeitos mas sempre me policiando, me observando, atenta aos meus movimentos.
A inveja está na casa das emoções, aliás, aprendi que é nesta casa que moram os problemas: rancor, ódio, mágoa, tristeza, alegria...tudo isso muito intenso. Tento a cada instante encontrar um ponto de equilíbrio. Mas como não sou de ferro, dia desses a minha emoção ecoou: estou farta de invejosos que cobiçam a qualquer preço a vida de quem admiram. Querem o cargo, a casa, o marido, a mulher, o filho, o emprego e outras cositas más.
E a ambição? nunca chega ao limite. Querem o topo, almejam status, galgam posições, desejam o carro do ano, a casa milionária, as roupas das modelos que posam para a Revista Vogue...nada disso tem fim.
Participo de algumas tediosas reuniões e outras nem tanto. O que mais me inquieta é flagrar egos nada modestos. São discursos vazios com propostas de abalar o milênio. Que falta de paciência!!
Como dizia Mário de Andrade: “as pessoas não debatem conteúdos, apenas rótulos”. Onde está a essência dos seres?
Quero dividir meu precioso tempo com gente de verdade, de sentimentos nobres, de alma leve, de sorriso franco, de amor incondicional, de olhar sincero. Gente sem deslumbres e falcatruas.
2 comentários:
Tenho quase certeza que entendo o que você quer dizer, admiro muito sua busca por ser uma pessoa melhor, e pode ter certeza é perceptível pra quem está a sua volta também tento ser uma pessoa melhor abandonando os sentimentos mesquinhos, mas às vezes esqueço isso e basta uma conversa com você pra lembrar e voltar a me preocupar em não sentir esses sentimentos rastejantes. Como hoje, na troca de meia dúzia de palavras entre nos, voltei a forma humana. Bom dia e obrigado pelos ótimos conselhos!
Ontem assisti ao documentário do Kurt Cobain. Eu gostava do Nirvana e fiquei mega triste quando o cara morreu, mas num era fã fervorosa. Mesmo assim, ontem chorei no cinema, porque me identifiquei com as declarações do cara. Eu fiquei pensando... o cara era uma pessoa normal. As coisas que ele sentia, eu sinto. A raiva das pessoas mesquinhas, a impaciência com suas conversas entediantes, a vontade de meter porrada em alguns só pelas besteiras dispensáveis que insistem em emitir por suas bocas displicentes. Hoje em dia tenho raiva de mim mesma, por estar conformada com tudo isso, por achar que o mundo é uma bosta, mas que não há o que fazer.
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