quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Casa alheia


Desde muito pequena sempre tive curiosidade pela casa alheia. Gostava de observar minuciosamente cada detalhe. Lembro que minha mãe me olhava torto quando eu começava a perambular, calmamente, pelo lar doce lar das pessoas. Bom pelo jeito não adiantou. O design, as cores, os móveis, os objetos de decoração, nada passava despercebido. Isso porque as habitações nada mais são do que o reflexo do nosso modo de viver, da nossa personalidade, energia e alma. Para mim, a casa é um ser vivo, composto de anatomia e fisiologia particulares, o que me chama muito a atenção.

Dia desses assistindo a um programa, tomei coragem de escrever sobre esse meu fascínio pelas construções habitadas. A entrevistada me fez recordar um fato da infância ao dizer que quando criança apertava todos os botões do elevador para ver se tinha a sorte de encontrar a porta aberta de algum morador. Fiquei chocada e ao mesmo tempo aliviada. Uau! Eu não sou a única! E é assim, essa curiosidade me persegue nas minhas viagens, nas minhas andanças, nos meus trajetos de carro quando alguns apartamentos são virados para os eixinhos Sul e Norte, sendo possível eu olhar rapidamente a composição.

E não é preciso ter grana para deixar a casa fluida, confortável e agradável aos olhos, basta bom senso, um tiquito de ousadia e amor, muito amor. É infalível. 

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